Edição de 13-10-2006 |
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Arquivo: Edição de 29-09-2006
SECÇÃO:
Região
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Comer bem, servir melhor: vital para o Ser e para a Região
IV Congresso Gastronómico teve lugar em S. João da Pesqueira
A Federação Nacional das Confrarias
da Gastronomia Portuguesa levou a cabo o IV Congresso de Gastronomia,
sob o lema “Gastronomia, Património e Cultura – Identidade – Qualidade
– Inovação”, que decorreu entre os dias 22 a 24 de Setembro, no
Município de S. João da Pesqueira, após convite formulado pela novel
confraria “O Barco Rabelo” em realizar tal evento nessa Vila do
interior do País. Na sessão de abertura
do Congresso, que decorreu no Cine-Teatro por volta das 10:30 horas, o
Presidente do Município, Lima Costa, mostrou-se congratulado por ver
que o convite fora bem aceite e fez questão de lembrar que, embora S.
João da Pesqueira não seja uma grande cidade do litoral, nem tão pouco
capital do distrito, é (ainda assim) um local digno de tal reunião pelo
vasto historial que apresenta como espólio.
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Nos dizeres do mesmo, o Concelho a
que preside é constituído por “terras cujas origens estão documentadas
há quase 1000 anos pelo primeiro foral de que há conhecimento, naquele
que é hoje território nacional” sendo que é, ao mesmo tempo, “o
município que detém a maior área de paisagem considerada Património
Mundial pela Unesco e o maior produtor do Vinho do Porto”. Assim sendo,
as gentes de S. João da Pesqueira conseguem perceber o alcance de tal
Congresso, dado saberem o quão importante é “defender e promover
produtos de excelência”, papel brilhantemente desempenhado pelas
Confrarias. O momento foi, por isso
mesmo, de uma singularidade única à escala nacional, dado que permitiu
prestar a justa homenagem a todas as confrarias e a todos os confrades
ali presentes, classificados pelo autarca como “verdadeiros soldados
guardiões do riquíssimo património gastronómico tradicional e regional
do nosso país”.
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Nos três dias em que decorreu o
Congresso, estiveram em análise temas diversos, versando sempre à volta
do mesmo tema: a importância da Gastronomia aos vários níveis. Por
outras palavras, os Confrades tentaram “passar a mensagem” de que a
certificação e a qualidade dos serviços, a nutrição e a dietética
condicionam, em muito, o estilo de vida saudável que levamos, o aumento
da esperança média de vida, bem como o desenvolvimento turístico de uma
Região, que será tanto mais capaz de se desenvolver, quanto maior for a
sua capacidade de apresentar produtos de excelência, certificados, que
acompanhem as exigências dos consumidores modernos. No fundo, os
Confrades mostraram o porquê da exigência de fazer uma alimentação
equilibrada, saudável e o papel fundamental que poderá vir a ter a
certificação de produtos gastronómicos capazes de servir de “bandeira”
de uma Região ou, pelo menos, que possibilitem a sua associação como
pertença de uma zona do país como, por exemplo, “as alheiras, de
Mirandela”, etc. Lima Costa concordou
com o papel que os produtos gastronómicos desempenham e entende as
Confrarias como congregações que impulsionam agentes capitais. Por um
lado, são “agentes culturais, pois são um instrumento vital na defesa
da genuidade, da tradição, da identidade de um povo” e, por outro lado,
são agentes económicos, dado que “desempenham uma função importante na
garantia da tipicidade gastronómica, tão do agrado dos turistas”. Não
obstante o duplo papel de impulsionadoras, e como não há um sim, sem um
senão, Lima Costa lamentou o facto de o Douro ter vindo a apostar quase
exclusivamente no vinho, tendo “descurado a gastronomia, não tendo por
exemplo nenhum emblema gastronómico”.
IV Congresso da Gastronomia. Por
aqueles dias foi possível contar 35 Confrarias, que se fizeram
representar no IV Congresso da Gastronomia. A saber: AMC – Confraria
Gastronómica da Madeira; Confraria da Gastronomia do Ribatejo;
Confraria Gastronómica do Mar; Confraria Gastronómica Panela Lume;
Confraria Gastrónomos do Alto Minho; Confraria Gastronómica do
Moliceiro; Confraria da Carne Barrosã; Confraria da Chanfana; Confraria
da Fogaça da Feira; Confraria do Queijo da Serra da Estrela; Confraria
do Queijo de S. Jorge; Confraria Gastronómica das Tripas à Moda do
Porto; Confraria Nabos e Companhia; Confraria do Maranho; Confraria de
Saberes e Sabores da Beira “Grão Vasco”; Real Confraria do Maranho de
Pampilhosa da Serra; Confraria Gastronómica da Terra da Maia; Confraria
da Lampreia de Penacova; Confraria Almas Santas da Areosa; Confraria
Queirosiana; Confraria Gastronómica do Concelho de Palmela; Confraria
Gatronómica da Raça Arouquesa; Confraria da Moenga; Confraria da Dieta
Mediterrânica; Confraria da Pêra Rocha do Oeste; Confraria do Velhote;
Confraria Gastronómica de Almeirim; Confraria dos Gastrónomos do
Algarve; Confraria Gastronómica da Gândara - “Aromas e Sabores
Gandarezes”; Confraria Gastronómica da Amadora; Confraria O Rabelo;
Confraria do Sável e da Lampreia; Confraria Gastronómica da Morcela de
Arroz da Alta Estremadura; Confraria do Azeite da Cova da Ribeira;
Confraria da Sardinha.
Por Tiago Silva
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