Sexta, 4 de Agosto de 2006
Edição Papel
Director: António José Teixeira
Directores adjuntos: João Morgado Fernandes, Eduardo Dâmaso e Helena Garrido
Lisboa
04.08.06
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Maior sopa de gaspacho do mundo



José Manuel Oliveira
Miguel Veterano Júnior (foto)
"Nunca comi esta sopa, mas agora quero ficar na História do Guinness Book. Com o rosto bronzeado do sol, Ana, de 23 anos, residente em Lisboa e de férias no Algarve, foi uma das primeiras pessoas a entrar no recinto localizado na zona ribeirinha de Portimão, onde ontem, entre as 18.00 horas e as 23.00 horas, foi servida a maior sopa do mundo de gaspacho algarvio. O objectivo era figurar no famoso livro de recordes, numa iniciativa da Confraria dos Gastrónomos do Algarve, com o apoio da Câmara Municipal de Portimão e de várias empresas e entidades da região.

A aposta era ultrapassar os seis mil participantes e o mesmo número ao nível de litros de sopa com ingredientes e proporções tradicionais. "Leva mais água do que este tipo de sopa típica do Alentejo e em relação a Espanha os legumes são mais moídos", contou ao DN um cozinheiro. Num palco improvisado com mais de um metro de altura estava um recipiente de grandes dimensões adquirido para o efeito pelo preço de 8 mil euros e com capacidade para 7500 litros, no qual foi ultimada a preparação desta sopa, com tradições que remontam ao século XIX.

Metade do dispositivo encontrava-se debaixo do palco. "Olhe para as marcas nas minhas mãos. Foi bastante difícil confeccionar uma sopa com estas proporções", dizia ao DN ao princípio da noite, Henrique Leandro, presidente da Associação dos Cozinheiros e Pasteleiros do Algarve e responsável por uma especialidade que envolveu um total de 22 chefes de cozinha desta região. A pré-preparação começou na passada terça-feira na Escola de Hotelaria e Turismo, em Faro.

"Se a sopa estiver boa, irei repetir a dose", garantia José Manuel Correia, não escondendo a sua curiosidade, enquanto se preparava para ir para uma fila à espera de poder ser servido. "Como alentejano e nos meus tempos de jovem, comi durante muitos anos centenas de pratos de sopa de gaspacho, na altura com fatias de pão grossas. Não é uma sopa para matar a fome, mas é muito saborosa", recordou este gestor, morador em Portimão, onde também é responsável pela recém-criada Confraria da Sardinha.

Já José Serralha, comerciante aposentado, lembrava os tempos, na década de 50, em que a sopa de gaspacho, "com tomate e muito pão" era um dos seus pratos preferidos. Mas não só. Também sopa de amêijoa, conquilhas, berbigão "e até de lapas" faziam parte das suas preferências. "Hoje é difícil encontrar estes tipos de sopa nos restaurantes. As famílias mais tradicionais é que as confeccionam em casa", referiu José Serralha.

À hora de fecho da edição, a indicação era no sentido de o recorde ter sido batido. Faltava apenas ser confirmado.
Reportagem: Ericeira
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